A Eletronuclear vive uma crise de governança, gestão e liquidez que expõe a necessidade de reestruturação, segundo especialistas e fontes do setor. Controlada pela estatal ENBPar desde a privatização da antiga Eletrobras (hoje Axia), a empresa opera Angra 1 e 2 e aguarda definição sobre a retomada de Angra 3, parada há mais de dez anos. Com caixa crítico, a ENBPar pediu ao governo ao menos R$ 1,4 bilhão para evitar colapso, enquanto a Eletronuclear usa receitas de Angra 1 e 2 para sustentar o projeto, após esgotar aporte de R$ 3,5 bilhões. A J&F comprou a fatia da Axia na nuclear, assumindo R$ 2,4 bilhões em dívidas. A estatal tenta economizar R$ 500 milhões até 2026 com PDV e cortes operacionais. Estudos atualizados indicam que concluir Angra 3 custaria R$ 23,9 bilhões, mais que abandonar o projeto, estimado entre R$ 21,9 bilhões e R$ 25,97 bilhões, podendo operar em 2033. Tarifa de equilíbrio projetada varia de R$ 778,86 a R$ 817,27/MWh. (Valor Econômico – 21.11.2025)
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